Vamos falar de EMPATIA? Aaaah que assunto lindo!
- Shirlei Teixeira Proj. Ressignificar
- 20 de jul. de 2021
- 5 min de leitura
Atualizado: 23 de jul. de 2021
Mas o que é a empatia?

De acordo com uma das definições do dicionário, é “a ação de se colocar no lugar de outra pessoa, buscando agir ou pensar da forma como ela pensaria ou agiria nas mesmas circunstâncias”.
Essa habilidade nos permite entender diferentes pontos de vista, sermos mais pacientes e compreensivos, além de evitar diversos conflitos.
Quando as pessoas falam sobre empatia, podem estar falando sobre diferentes sentidos da palavra. Mas como um todo, empatia não é completamente entendida. Mesmo eu me surpreendi ao notar um tipo de empatia recente que era novo para mim.
O que é entendido por 'empatia' é multifacetado - e até certo ponto, divido por camadas - e portanto também sua classificação segue essa ideia.
Vamos ver isso agora.
Existem mais de 1 tipo de empatia e vou falar sobre eles agora...

Empatia:
No geral, empatia é a habilidade de saber o que os outros estão sentindo e pensando, baseada na comunicação emocional percebida na forma de linguagem corporal e expressões faciais - tanto expressões voluntárias quanto involuntárias, chamadas de micro expressões.
Empatia tem sido chamada "de bloco construtor da moralidade", já que se relaciona diretamente com a ética da reciprocidade (também chamada de Regra de Ouro), e constrói o nosso entendimentos uns dos outros.
Empatia dupla:
As pessoas geralmente mencionam dois tipos de empatia como se fossem opostos, mas na verdade são complementares. Estes dois tipos de empatia são:
Empatia cognitiva - também chamada de percepção de perspectiva, a empatia cognitiva é a consciência levada a reconhecer precisamente e entender o estado emocional do outro (i.e., saber o que a outra pessoa sente e o que pode estar pensando).
Empatia emocional/afetiva - o efeito involuntário de se sentir emocionalmente e fisicamente conectado com a outra pessoa, como se suas emoções fossem contagiosas.
Um psicopata não possui empatia emocional, mas tem muita empatia cognitiva.
Pessoas com autismo tendem a ser opostas, com muita - embora geralmente seletiva - empatia emocional, e relativamente pouca empatia cognitiva (apesar da inteligência e observação poderem compensar parte da deficiência de empatia cognitiva*).
* Alguns autistas são de fato muito peritos em ler as pessoas, seja aprendendo através da observação ou intuitivamente notando informações emocionais ou através da sinestesia espelhada com toque.
Tríade:
Há também uma terceira e menos falada sobre os tipos de empatia, que é a empatia compassiva.
Também referida como preocupação empática, envolve o entendimento de um dilema pessoal e a ligação com ele (informação obtida através das empatias cognitiva e afetiva), assim como ser movido espontaneamente a ajudar se necessário.
Note que a experiência da empatia emocional não exige que alguém aja numa experiência por si mesmo. Inversamente, empatia compassiva, ao mesmo tempo em que é relacionada similarmente à empatia emocional, não necessita possuí-la para existir.
Por exemplo, se você fosse um assistente social em uma hospital de uma grande cidade, não pode deixar ser controlado pela empatia emocional e chorar com seu cliente. Ao invés disso, o cliente quer ser ajudado/aconselhado/guiado, e é a empatia compassiva que produz esse comportamento.
Pode muito bem ser o caso da empatia emocional formar a base da empatia compassiva, entretanto.
Sem compaixão, a empatia pode ser demais, e a pessoa pode cair tão fundo que será atingida muito rápido, perder o senso de ser ela mesma, e entrar em situações emocionais e às vezes físicas não seguras. Empatia é como ser capaz de se conectar em uma poderosa fonte de eletricidade, e compaixão é como um regulador de corrente, um circuito ou fusível, que evita que a pessoa seja eletrocutada o tempo todo.
Motora:
Empatia motora é uma resposta empática automática na forma de inconscientemente espelhar as expressões faciais do outro, ou copiar a linguagem corporal ou discurso, contágio pelo grito. Então temos um quarto tipo de empatia, que é chamada de empatia motora. Em
A empatia motora parece estar ao menos em parte baseada nas empatias cognitiva e afetiva, porque deficiências em uma delas impediriam que houvesse uma resposta subconsciente a algo que você entende (cognitivo) ou se preocupa (afetivo).
Curiosamente, psicopatas possuem deficiências na empatia motora quando se trata de emoções negativas.
*Exemplos dos tipos de empatia*
Seu amigo está com o coração partido. A parceria dele não era uma boa influência para seu amigo, entretanto, embora você sinta a dor do seu amigo e sinta que ele está triste (empatia afetiva), uma parte e você também está feliz, já que o futuro de seu amigo tem a chance de se tornar mais positivo. Mas note que essa felicidade é sua própria perspectiva da situação alheia. A mente do seu amigo ainda não entende o término como algo positivo, já que está focada na perda da parceira. Ele se sente com o coração partido, sozinho e possivelmente até mesmo rejeitado. Você entende que a dor de seu amigo é temporária, que irá embora em breve, e que ela será mais feliz no final. Mas isso é simpatia, não empatia. Mas você entende o estado emocional do seu amigo, que envolve o coração partido, a perda e o sentimento de rejeição (empatia cognitiva). Se você fosse mostrar simpatia desprovida de empatia, diria ao seu amigo que o término é uma coisa boa. Do mesmo modo, você falharia em o ajudar, e de fato seu amigo não se sentiria compreendido por você, mais do que se sentir rejeitado pela ex. Este é um exemplo da empatia cognitiva ou afetiva falhando. Você entende que a situação é difícil para ele e é movido a ajudar (empatia compassiva), mas não consegue o ajudar apropriadamente sem todos os tipos de empatia já mencionados conduzirem suas ações. Enquanto isso, se você possuir empatia afetiva, é provável que mostre expressões de preocupação, e subconscientemente imitará sua linguagem corporal (empatia motora), que contribui para seu amigo se sentir como se você estivesse ali por ele, e estivesse demonstrando genuína empatia. Se você não tiver tanta empatia afetiva, sua empatia cognitiva irá compensar, e através da empatia compassiva você ainda assim seria movido a fazer a coisa certa. Isso pode envolver a imitação consciente (sutil) das expressões corporais e linguagem, como forma de compensar a falta de empatia motora.
Para mostrar empatia em todos os aspectos, você precisa:
Entender os estados emocionais do outro (cognitiva).
Sentir o que o outro está sentindo (afetiva).
Ter uma inclinação para ajudar (compassiva).
E subconscientemente reagir ao que você entende e sente (motora).
Abaixo está o modelo de boneca russa de empatia e imitação, que mostra a estrutura hierárquica da empatia:

Empatia (à direita) induz a um estado emocional similar no sujeito e no objeto, tendo como núcleo o mecanismo da percepção e da ação (MPA), que é a ação de experimentar uma emoção similar do sujeito como resultado de se perceber as emoções do sujeito.
As camadas externas da boneca, tais como a preocupação compreensiva e noção de perspectiva, são construídas sobre essa base interconectada sócio-afetiva.
Compartilhando o mesmo mecanismo, o lado da boneca da imitação (à esquerda) se relaciona com o lado da empatia. Portanto, as sublinhas do MPA são mimetismo motor, coordenação, metas compartilhadas e verdadeira imitação.
Mesmo que as camadas externas da boneca dependa de um funcionamento anterior e de uma distinção de si e do outro crescente, permanecem conectadas ao núcleo interno.
(Várias fontes de pesquisas)
Compartilhe comigo tua forma de empatia e qual ou quais você se identifica.
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